Ao som da sinfonia “saudade”.
Agora a solitária senhora saudade,
Na memória guarda o fundo musical,
Do dedilhar suave, som ecoando,
Do amor de um homem e um piano.
A velha lareira apagou,
Seu fogo nunca mais crispou,
Vestígios das cinzas, os copos de vinho,
O vestido de seda pendurou.
Passeia agora na solidão, entre cômodos.
Na vigília noturna, rastos na poeira,
O entusiasmo das noites de festa,
Na lembrança dissipando.
A casa demasiadamente grande se tornou,
Cobriu-a com a mortalha do silêncio.
E o velho piano que nunca mais ecoou
Apenas chora silencioso acorde funeral.
Leek Steffens